A HISTÓRIA DO RCM

Nosso objetivo

          Ajudar pessoas a  aprender sobre manutenção, compartilhando experiências e conhecimentos práticos de 20 anos de atuação em manutenção. Queremos ajudar a construir uma comunidade de aprendizado e crescimento, fornecendo cursos, materiais e um ambiente onde as pessoas possam se conectar, compartilhar ideias e aprender umas com as outras.

          O RCM nasceu na aviação e tem por objetivo determinar a melhor estratégia de manutenção para um determinado equipamento. Um dos pontos mais importantes na realização do estudo RCM é o contexto operacional, e por isso comecemos por ele.

             No início dos anos 1900 o mundo estava passando por uma enorme transformação. Havia uma corrida para determinar quem seria o primeiro homem a voar com algo mais pesado que o ar e até hoje ainda há discórdia entre o tema onde alguns dizem que os primeiros a voar foram os irmãos Wright e outros que foi Santos Dumont.

Santos Dumont

Irmãos Wright

             Controvérsias a parte, logo após a invenção do avião aconteceu a primeira guerra mundial (1914-1918) e pela primeira vez o avião foi utilizado como arma.  Com isso o  desenvolvimento do avião foi impulsionado de maneira "exponencial".

O Contexto histórico do surgimento do RCM - Reliability Centered Maintenance

            No dia 1 de janeiro de 1914 foi registrado o primeiro voo comercial de que se tem notícia sendo da cidade de Tampa à São Petersburgo nos EUA.

           No ano de 1910 William Edward Boeing viu pela primeira vez um avião voar. Ele, dono de empresa de extração de madeira viu aquilo como uma grande oportunidade de negócios e decidiu investir no assunto. Em 1916 a Boeing já estava fazendo seu primeiro voo.

William Edward Boeing

No ano de 1918 a primeira guerra mundial terminou e  começou-se o que muitos chamam de "a era de ouro da aviação" com a criação de várias empresas comerciais de aviação com a TWA, American Airlines, KLM e a Douglas Aircraft.

Avião TWA

Avião American Airlines

Avião KLM

Avião Douglas Aircraft

                Em 1939 o mundo foi novamente assolado por uma outra guerra mundial (1939-1945), trazendo consigo uma serie de avanços tecnológicos na aviação como por exemplo a criação do avião a jato. Nesse momento o mundo da aviação estava passando por inúmeros acidentes o que tirava a credibilidade do novo modelo para se viajar e assustava os passageiros impactando o negócio. Em paralelo existiam inúmeras convenções e discussões com a intenção de regulamentar essa nova tecnologia emergente. Na tentativa de melhorar a confiabilidade das aeronaves evitando acidentes as empresas aéreas resolveram trocar as peças das aeronaves com intervalos de tempo pré-determinados, assim acreditava-se que aumentariam a confiabilidade reduzindo drasticamente o número de acidentes, eles só não contavam com o impacto econômico que isso geraria para suas operações. Com a troca frequente de muitas peças as margens caiam e o negócio ficava muito difícil de se sustentar. Então em 1960 foi formada uma força tarefa para tentar minimizar os problemas, a ideia era criar processos de manutenção mais econômicos e no mínimo igualmente seguros. Essa força tarefa trabalhou no avião Boing 747 e é a responsável pela criação da manutenção sob condição ( algo que muitos conhecem e utilizam em suas empresas até hoje ) a força tarefa entregou em 1968 o relatório chamado MSG1 - Maintenance Steering Group ou Grupo de manutenção direcionada. O fato do relatório ter sido feito em um avião Boeing dificultava a utilização de outras companhias que rapidamente fizeram uma espécie de replicação para seus aviões, nascia assim o MSG2 em 1970. De fato esses ajustes nas manutenções dos aviões trouxeram muitos ganhos de confiabilidade reduzindo o número de acidentes, tanto que chamou a atenção do departamento de defesa norte americano que em 1974 solicitou a American Airlines um relatório sobre o processo de manutenção que estava sendo utilizado em suas aeronaves.

O surgimento do RCM - Reliability Centered Maintenance

                Em 1939 o mundo foi novamente assolado por uma outra guerra mundial (1939-1945), trazendo consigo uma serie de avanços tecnológicos na aviação como por exemplo a criação do avião a jato. Nesse momento o mundo da aviação estava passando por inúmeros acidentes o que tirava a credibilidade do novo modelo para se viajar e assustava os passageiros impactando o negócio.  Em paralelo existiam inúmeras convenções e discussões com a intenção de regulamentar essa nova tecnologia emergente. Na tentativa de melhorar a confiabilidade das aeronaves evitando acidentes as empresas aéreas resolveram trocar as peças das aeronaves com intervalos de tempo pré-determinados, assim acreditava-se que aumentariam a confiabilidade reduzindo drasticamente o número de acidentes, eles só não contavam com o impacto econômico que isso geraria para suas operações. Com a troca frequente de muitas peças as margens caiam e o negócio ficava muito difícil de se sustentar. Então em 1960 foi formada uma força tarefa para tentar minimizar os problemas, a ideia era criar processos de manutenção mais econômicos e no mínimo igualmente seguros. Essa força tarefa trabalhou no avião Boing 747 e é a responsável pela criação da manutenção sob condição ( algo que muitos conhecem e utilizam em suas empresas até hoje ) a força tarefa entregou em 1968 o relatório chamado MSG1 - Maintenance Steering Group ou Grupo de manutenção direcionada. O fato do relatório ter sido feito em um avião Boeing dificultava a utilização de outras companhias, que rapidamente fizeram uma espécie de replicação para seus aviões, nascia assim o MSG2 em 1970. De fato esses ajustes nas manutenções dos aviões trouxeram muitos ganhos de confiabilidade reduzindo o número de acidentes, tanto que chamou a atenção do departamento de defesa norte americano que em 1974 solicitou a American Airlines um relatório sobre o processo de manutenção que estava sendo utilizado em suas aeronaves comerciais.

                Dois engenheiros da American Airlines foram encarregados da tarefa. F Stanley Nowlan e Howard F Heap desenvolveram um estudo e em dezembro de 1978 apresentaram ao mundo o resultado em um relatório chamado RCM - Reliability Centered Maintenance nascia nesse momento o conceito original do RCM que é utilizado até hoje. A partir desse relatório foi feito uma evolução do MSG2, criando em 1980.

          A metodologia RCM II fez tanto sucesso e foi tão amplamente divulgada na indústria em geral que começaram a surgir vários métodos que se intitulavam RCM, ou seja, houveram inúmeras adaptações dos conceitos de Moubray em vários contextos. Para preservar a metodologia original e garantir que o RCM II continuasse com seus princípios originais foi publicada no ano 2000 as normas SAE JA1011 e JA1012 que visam normatizar essa metodologia tão importante e que apresentou inúmeros resultados para a criação de planos de manutenção em todos os tipos de indústria ao redor do mundo.

John Moubray

          Em 1983 John Moubray em parceria com Nowlan desenvolveu um modelo de RCM aplicável a qualquer tipo de equipamento e esse foi denominado RCM II. John Moubray reestrutrurou o RCM para um tipo de aplicabilidade universal, criou um modo de aplicação e treinou facilitadores em vários lugares para difundir a utilização de sua metodologia.